sábado, 10 de julho de 2010

Vila das Mangueiras


O que faz com que as pessoas escolham por habitar em prédios? A possibilidade de morar nos nossos  centros urbanos tão adensados?  A segurança que um condomínio promete?  Os espaços comuns que o prédio oferece, tão distantes da realidade de uma casa média?

É claro que os edifícios de apartamentos também trazem pontos negativos sobre o habitar. A proximidade com os vizinhos, o barulho, o preço alto do condomínio, a falta de um espaço privado que possa servir como  quintal, a falta de ritmo que os apartamentos, todos iguais, produzem, a incapacidade que Os moradores têm de ampliar suas moradias. 



Ainda, é possível criar um edifício que equilibre as vantagens e diminua as desvantagens, para que o morador tenha o conforto e as possibilidades de uma casa com o lucro dos apartamentos. 


É preciso que se tenha em mente inúmeras considerações na hora de promover um adensamento muito grande em um local. Primeiro é a qualidade de vida do lugar, é preciso prezar sempre para que não só o edifício promova qualidade para quem o habita, mas também que a construção não venha trazer problemas para a região em que ela foi implantada, para além, que ela procure aprimorar a vida.


Para isso, nós trazemos para o edifício uma área pública, que serve ao comércio de pequeno porte, padarias, pequenas lojas, cafeterias, entre outros, uma praça que atende tanto à região como serve de área  de lazer de qualidade aos moradores dos  prédios. Um estacionamento de 150 vagas supre a necessidade tanto do comércio quanto da habitação.


A circulação acontece pelo lado externo dos edifícios, passarelas de dois metros ligam os apartamentos entre si e às escadas. Pequenos espaços são criados nelas pelos vazios dos apartamentos, eles servem  de lugar de estar, servem para que as passarelas não morram suas potencialidades apenas na circulação. É um lugar que deixa de ser público e se torna dos Moradores.



Exercicio de verticalização

Morar na vertical
diversidade tipológica e de uso


objeto Elaboração de um conjunto habitacional VERTICAL para 100 famílias que priorize a relação dos espaços públicos x espaços privados, além da diversidade de usos e de tipologias habitacionais. Pretende-se dar continuidade no exercício anterior (vila integradora) experimentando as possibilidades de adensamento de áreas centrais para HIS através da implantação em formato VERTICAL. Discute-se também a possibilidade de inserção de HIS em áreas centrais através do adensamento vertical, além da valorização dos espaços de uso coletivo e público do lugar promovendo a noção da “cidade ininterrupta”. Os alunos deverão planejar a gestão do lugar através da inserção no empreendimento de 2.000 m² de área total de espaços de trabalho e equipamentos comerciais que possam garantir a manutenção dos espaços coletivos propostos.

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Continuando o exercicio de se criar habitações com flexibilidade chegamos à terceira etapa: verticalização.

No caso do Mini-habitat foram utilizadas as plantas das unidades anteriores, empilhando 96 unidades das 3 tipologias:






Organizadas no mesmo terreno do exercício anterior da seguinte forma:

"O conceito parte de um plano que se verticaliza e sub-dividese em pavilhoes para criar um pátio interno livre e que ao mesmo tempo favoreca a ventilação e proteja a insolação da tarde". 

 A seguir a implantação e as plantas seguindo essa estrategia:


 Dessa forma foi possível manter alguns espaços ajardinados entre os pavimentos que podem ser utilizados para ampliações futuramente.
O terreo e no primeiro pavimento foram destinados para realização de atividades comerciais.
Em um dos pavilhões há uma área de pilotis aberta para a praça que se extendepor uma escadaria até o telhado do estacionamento.
A disposição dos blocos bloqueia o sol da tarde, proporcionando um ambiente agradável na praça tanto parte interna quanto na parte externa.
O estacionamento coberto posui 100 vagas e tem acesso pela rua Jatai.

domingo, 13 de junho de 2010

Exercício 2 - Vila Integradora



Em que ponto morar e habitar se diferem? Antes de ser lar, a moradia é um abrigo contra o mundo, um lugar seguro, mas não só isso faz o lar. É preciso ultrapassar a segurança física para que a moradia se torne de fato habitação. Isso sim, habitar não se restringe a espaço apenas, mas transcende em caminhos, em cores, em sons. Quem habita, habita uma cidade, um bairro. São os hábitos de uma pessoa, os traçados que ela percorre, os lugares em que ela descansa, a comida que ela come. É viver em comum.






 Viver em lugar que possibilite mais que morar: habitar. Em cidades que engolem o homem, impessoais, fechadas em muros, em apartamentos pequenos, sem qualidade de espaço público e cada vez mais restrita, cabe ao arquiteto propor soluções.  O nosso objetivo era trazer um respiro na confusão que é o centro da cidade. O terreno é localizado na avenida Afonso Pena, entre as ruas Jataí e Jerônimo Martins Nascimento . A área é de 4800 m².  O gabarito das ruas que circundam o terreno varia de dois a três pavimentos. Qualidade no lugar de quantidade, mantendo o gabarito da rua e com o propósito de ter áreas verdes, permeáveis e públicas, foi possível colocar 26 habitações. A diversidade de forma e tamanho das moradias possibilita que diferentes tipos familiares possam habitar a vila. As unidades são de estrutura metálica e fechamento em placas cimentícias. 





 

A disposição das habitações cria atalhos entre elas que torna possível ao pedestre que passa cortar caminhos. A entrada das habitações é voltada para o exterior do terreno, e o fundo para uma rua principal que se forma no meio. Isso porque cria um ambiente mais aconchegante para os morados, com a sua intimidade preservada, e facilita o acesso a porta de entrada. Cada habitação tem um pequeno quintal, que serve a reuniões mais intimas, como complemento da área de serviço ou ao que o morador desejar.
Os caminhos para os pedestres são calçados de blocos intertravados. As áreas dos carros são calçadas com blocos exagonais . Um prédio de dois pavimentos serve tanto ao morador quanto aos habitantes da cidade. Isso porque tem uma área de serviços pequenos, como lanchonetes e cafeterias. Os habitantes têm no prédio uma área de convivência, onde podem fazer festas ou se reunirem. Tem também uma pequena sala para administração e uma área para atender aos trabalhadores do conjunto, como empregados da limpeza e etc.


2 - Vila Integradora: pensando implantações

Os estudos da unidade de habitação mínima serão utilizados agora para a criação de uma vila.

A ênfase será no adensamento urbano horizontal com a criação de espaços coletivos/públicos e espaços privados para 25 famílias, contemplando até 70m² por unidade residencial.

Tambem se propõe a criação de um espaço para a instalação de uma cooperativa cuja administração ficará a cargo dos moradores da vila.

O terreno escolhido possui 80x60 metros, com a dimensão maior voltada para a Av. Afonso Pena:


Os pontos de observação são locais onde estão sendo realizados estudos de impacto sonoro em virtude do grande fluxo de veículos, principalmente na Av. Afonso Pena.

Entretanto, apesar da preocupação com a questão da poluição sonora, dados preliminares demonstram que este aspecto pode não ser um fator negativamente impactante de forma tão relevante quanto as suspeitas levantadas na visita de campo.

Em média, numa primeira visita para mediçao dos dados, o valor 70dB foi o encontrado para a região possivelmente mais crítica (o ponto B), local onde há um ponto de ônibus.



Estudos de Implantação
 


Os estudos de impacto sonoro foram inconclusivos. Desse modo não houve necessidade de se criar uma barreira para conter o ruído no interior da vila.

Partimos então para a criação de uma proposta focada em:

  • Conciliar a livre circulação de pessoas pela quadra
  • Permitir o fluxo da ventilação natural (predominantemente nordeste)
  • Reduzir o impacto da insolação através da implantação
  • Proporcionar uma variação na escala das edificaçãoes (predomínio de edificações de 2 pav. no entorno)
  • Fornecer área verde e sombra
  • Aproveitar a esquina sul para desenvolvimento de atividade comercial e para a cooperativa.
... o que deu origem à seguinte implantação:



Assim foi possível a construção de 26 unidades habitacionais com tipologias diversas apresentadas em planta  no exercício anterior, sendo:

  • - 14 unidades  tipologia 1 (sendo 6 delas  destinadas a portadores de deficiencia ou idosos preferencialmente no térreo)
  • - 3  unidades tipologia 2 (ampliação horizontal)
  • - 9  unidades tipologia 3 (ampliação vertical modificada para atender à exigência de área máxima com 70m²) 

 ... desenvolvida em vários níveis a partir do estudo de ventilação e insolação: